Como a análise do solo pode influenciar a plantação
O agronegócio é fundamental para a produção de diversos produtos que os seres humanos consomem diariamente, como grãos, plantas, legumes, vegetais, dentre outros. Entretanto, para que tenham boa produtividade e apresentem resultados positivos, se faz necessário a análise do solo, sobretudo porque ele pode ter grande influência sobre diferentes culturas.

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Afinal, como são feitas as análises do solo?

Basicamente a análise do solo consiste em um laudo emitido por um laboratório referenciado, contendo informações essenciais para o agricultor, engenheiro agrônomo, técnico e pecuarista, como produtividade, eficiência do uso de fertilizantes, etc. Ademais, é com base nessa análise que se faz possível obter informações de características químicas e físicas do solo.

Por meio da análise química do solo é possível, por exemplo, avaliar diversas características que podem influenciar em camadas cultiváveis tais como possibilidade de troca catiônica (CTC), disponibilidade de macro e micronutrientes, teor de matéria orgânica, potencial hidrogeniônico (pH), saturação por bases e por alumínio, entre outros. Já na análise física, verifica-se a textura do solo, ou seja, a quantidade de areia, argila e silte (limo).


Qual a importância da análise do solo?

A força de uma produção forrageira respeita os fatores internos e externos. Embora a genética empenhe produtividades elevadas, caso as condições do solo não sejam acessíveis, a produção e qualidade dos produtos serão totalmente prejudicadas. Com isso, as ideias compostas na análise são favoráveis na tomada de decisão adequada de forma a compreender a utilização correta de fertilizantes sem que haja desperdícios. 

Dessa forma, fica válido também realizar indicações na medida certa de calcário, adubação de correção, gesso e cobertura, contribuindo para um cultivo mais eficiente e nutritivo. Ademais, vale destacar também que o fator nutricional é diferente para cada tipo de forrageira.

Nesse caso, o que é exigido para a adubação e calagem, por exemplo, será diferente para uma brachiaria decumbens cv. Basilisk para um Panicum maximum cv. Mombaça. Isso porque são levadas em consideração também o manuseio da forrageira, tipo de solo, histórico da área do cultivo, dentre outros fatores que podem estar associados. 


pH do solo

Para que possam se desenvolver de forma adequada, as plantas são dependentes de um local favorável para seu crescimento e o solo é a peça chave para oferecer nutrientes proporcionais em seu desenvolvimento. O suprimento nutricional para o cultivo dessas plantas é o pH, pois ele é fundamental e seu nível deve estar correto.

Os nutrientes disponíveis no cultivo das plantas estão associados e são dependentes de pH. É necessária cautela no tipo de solo utilizado e em teores de nutrientes acessíveis e ao pH, além de verificar se o solo está ácido ou básico, pois também influencia no desenvolvimento de algumas culturas, o que favorece também na produção de pastagem e outros cultivos. 


Disponibilidade de Nutrientes x pH

Os nutrientes encontrados no solo estão atrelados ao pH. No caso de solos muito ácidos, pode haver baixa disponibilidade de alguns macronutrientes e micronutrientes. Nota-se também a convergência maior de alumínio. Contudo, em solos alcalinos, há ausência de alguns nutrientes. Logo, um pH propício está na faixa de 6 a 6,5, sendo possível uma condição melhor de nutrientes.

Se o solo possui ácido elevado, acarreta no teor de alumínio livre (Al3+), que consiste em um elemento tóxico que agride o desenvolvimento e crescimento das raízes em camadas mais encovadas. Raízes estruturais contribuem em épocas e regiões mais secas, pois suas condições permitem o proveito do solo em profundidade, o que auxilia na absorção de água e propriedades nutritivas.


Época de análise do solo

As análises podem ser realizadas em qualquer período do ano, no entanto deve-se estar atento ao fato da correção da acidez que deve ocorrer entre 3 a 6 meses antes. Com isso, antes deste prazo as amostras devem ser coletadas para que sejam enviadas ao laboratório parceiro para que ele interprete os resultados obtidos.
 
Vale dizer também que para a coleta dessas amostras, deve ser evitada a utilização de fertilizantes, pois se a área de cultivo decorre anualmente, ela consegue absorver e transmitir esses nutrientes aos grãos. Deste modo, procure realizar a coleta em períodos em que não houver a presença de fertilizantes no solo. 


Benefícios da análise do solo

Dentre os principais benefícios que análise de solo pode favorecem, estão:

●    Aumento da produtividade identificar nutrientes ou fatores químicos do solo que estão reprimindo o crescimento das plantas;
●    Aumento da eficácia com a indicação de adubação propícia, isto é, em quantidade de fertilizantes conveniente para os diferentes solos e culturas;
●    Realizado em agricultura de precisão, ou em baseado em talhões, permite o manuseio diferenciado em cada área, fortalecendo nas operações;
●    São análises rápidas e, em geral, de baixo custo.

A análise do solo proporciona muitos benefícios para os produtores que desejam que seu cultivo tenha um bom desempenho com alto teor nutritivo, contribuindo para uma plantação vantajosa. Além disso, pode proporcionar baixo custo na produção, pois identifica os principais fatores que podem impedir o desenvolvimento da cultura em sua área.

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